Someone to Watch Over Me

Sempre que chego à Fundação o guarda levanta-se e vem abrir-me o portão. Muita vezes isso só atrasa o meu percurso: abrir o portão é só empurrá-lo. O guarda da noite, sempre que eu entro sorri e bate-me pala como se eu fosse um general. Eu, que sou português nascido no tempo da outra senhora mas sou pelas igualdades de oportunidades e completamente contra o Acto Colonial que vigorou depois de 8 de Julho de 1930, respondo-lhe: bato pala também. A coisa tem tido resultados. Agora, ele já me dá uma ligeira pancadinha nas costas. Aguardam-se desenvolvimentos.