Na biblioteca central as ventoinhas caem do céu e fazem circular o ar parado há muito. Jovens estudantes fazem cartões de leitores de leitores. Pedem livros. Imagino-os a trocar recados entre as estantes com moças de castas inferiores às escondidas das preceptoras. Há muitos documentos guardados à espera de estudo. Muito papel acumulado à espera de fogueira. Muita coisa para estudar. Mais ainda para perceber.
Nada disso me importa, chateia-me a descoberta de que no território literários goês já foi ocupado de forma indelével por um outro Mexia. Parece que o primo Afonso escreveu um exemplar único que, assim, de uma só vez, marcou os escritos sobre esta fecunda terra. O Afonso, certamente o literato na família, deu em conjugar uma série de dados sobre Goa e condensar tudo isso numa espécie de tratado. «Graças a Mexia podemos hoje saber como foi como viveu toda uma geração.» Um homem no seu tempo, o foral de 1526 ainda hoje dá cartas. Dizem mesmo que é primeiro documento da história de Goa.
Todavia, resta-me uma vingança: o primo Afonso já não mexe.
Nada disso me importa, chateia-me a descoberta de que no território literários goês já foi ocupado de forma indelével por um outro Mexia. Parece que o primo Afonso escreveu um exemplar único que, assim, de uma só vez, marcou os escritos sobre esta fecunda terra. O Afonso, certamente o literato na família, deu em conjugar uma série de dados sobre Goa e condensar tudo isso numa espécie de tratado. «Graças a Mexia podemos hoje saber como foi como viveu toda uma geração.» Um homem no seu tempo, o foral de 1526 ainda hoje dá cartas. Dizem mesmo que é primeiro documento da história de Goa.
Todavia, resta-me uma vingança: o primo Afonso já não mexe.