O que custa não é o calor, nem o ar condicionado extra-forte, nem as falhas de energia provocadas pela sub-carga de turistas. Nem sequer os mosquitos. O que custa aqui é mesmo a censura que apaga os beijos nos filmes da televisão. É como se eles nunca tivessem sido dados. O que custa aqui é os homens andarem de mãos dadas na rua, as mulheres de mãos dadas também, e nunca, mas mesmo nunca haver um homem e uma mulher num singelo gesto de carinho. Aqui não se vêem as cores do amor: há três semanas que não vejo um beijo.